The Cimerian – Queen of The Black Coast #1 - Recicla Leitores

publicado em:12/03/20 7:37 PM por: Alexandre D'Assumpção Alexandre D’assumpçãoHQThe Sumpa

The Cimerian foi um título cercado de controversias. A versão francesa de um personagem que a Marvel detém os direitos emsolo americano devido à manobra Mickey, que deu o direito de explorar comercialmente o que já deveria ter entrado em domínio público.

Como na França, a manobra Mickey não tem essa força toda, um grupo de fãs do Conan decidiu fazer álbuns com o que acreditavam ser a versão que agradaria o criador do personagem. E esse material da Glenat fez um grande sucesso, menos no país de Origem de Robert E.Howard. Foi quando a Ablaze Comics teve a ideia de levar essas histórias para o público americano. No começo, ela tomou um belo processo, afinal, os detentores da marca não permitiram a versão pirata, mas após várias tentativas, aeditora conseguiu colocar o gibi a venda e nós, do Canal Metalinguagem, pegamos uma cópia para resenhar.

A história escrita Jean-David Morvan e ilustrada por Pierre Allary coloca o Conan nos papéis de protagonista e narrador da história, o que nos mostra como o personagem pensa. De cara, vemos que esta versão não é um bruto descerebrado. Sim, ele é violento e em alguns momentos grosseiro, mas em outros, ele chega a fazer piadas, o que o separa do personagem bidimensional apresentado pela Marvel. Ele faz escolhas lógicas, toma atitudes e no momento certo, até divide o protagonismo com Bêlit, a Rainha da Costa Negra, uma mulher cuja tripulação mata todos que cruzam seu caminho, mas devido a uma profecia, mantém o cimério vivo e o casalzinho passa a singrar mares nunca dantes navegados.

Este é o Conan definitivo? Até seria, se a editora não tivesse tomado a decisão de permitir que cada artistainterpretasse o personagem do seu jeito. A artede Allary é agradável e dinamica que funciona muito bem para a história que Morvan pretende contar.A grande verdade é que tirando as cabeças cortadas, o soft porn e as páginas que mostram o conto que inspirou a história, o material não é tão diferente do que conhecemos, só foi produzido numa língua diferente.

Se bem que temos diferenciais. Belit não é só a gostosa da vez, ela é a capitã de um navio cheio de aborigenes tatuados assustadores. Os atos do Conan são violentos, mas ele também é capaz de pegar nos remos para ajudar sua capitã.

Se você lia A Espada Selvagem de Conan, já conhece Belit de cabo a rabo, o que foi insinuado que esta versão do Conan também conhece, mas esta versão promete ser mais fiel ao conto original, a ponto de colocar falar escritas por Howard. O primeiro número não diz muito, mas vale um confere, até pela curiosidade e pelas capas alternativas americanas. Tem até o Ed Bennes.

Postagem original no Canal Metalinguagem em 12 de março.



A última modificação foi feita em:março 15th, 2020 as 3:29 am


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Alexandre D’assumpção, ou The Sumpa, é praticamente inofensivo. Professor Nerd, redator, roteirista de quadrinhos e audiovisual, ele pediu carona para uma cabine azul em 1989 e desde então vive aventuras através do espaço/tempo. Para facilitar a viagem, tornou-se mestre Zen na arte de ter um rosto tão comum que todos sem sempre o cumprimentam imaginando se tratar de outra pessoa, normalmente dele mesmo. Dono de uma péssima memória, ele nunca se lembra de detalhes importantes como rostos, grupos que passou e inimigos que ameaçam sua vida, o que é péssimo quando ele os encontra em becos escuros. Sua toalha é customizada e ostenta a máscara da Iniciativa Gambate, empresa criada por ele para levar a cultura Pop aos mis distantes rincões do universo. De tempos em tempos ele reverte a polaridade de sua chave de fenda sônica e aparece em eventos, festivais e até na TV. Além do Metalinguagem, ele pede carona nas naves Impulso HQ e Casa do Medo (entre outras).