Chinelos Novos - Recicla Leitores

publicado em:13/07/20 8:05 PM por: Marilza Franco Marilza Francoreflexão

Comprar um par de chinelos é uma emoção sem precedentes.

É um pequeno mimo para os pés, muitas vezes tão esquecidos na correria do dia a dia.

Desde a visualização da prateleira no supermercado até a experimentação é uma tarefa reconfortante.

Sim, não é todo dia que se compra um par de chinelos novos!

Há uma sequência de etapas a ser cumprida. Ver as cores disponíveis. A marca em questão. Achar o próprio número. Conferir pelo menos em um pé, sob o olhar de desconhecidos. Enfrentar o incômodo do aparato de “segurança” que une o par. Os pés de chinelos nunca vêm soltos. Estão sempre unidos entre si. Há apenas a possibilidade de experimentar apenas um lado. Ou o direito ou o esquerdo. Os dois juntos impossível!

Ao chegar em casa com a nova aquisição, há que se fazer uma assepsia um pouco mais detalhada, devido à atual circunstância. E pô-los nos pés. A impressão que se tem é que nos tornamos alguns milímetros mais altos. É uma rara oportunidade de aumentar a própria altura.

Isso, num primeiro momento. Com o passar do tempo, os chinelos amoldam-se aos nossos pés. Tornam-se extremamente confortáveis, tais como peças de moletom já bastante usadas.

Uma maravilha! A sensação de bem-estar prolonga-se por muito tempo. Até que nos damos conta de que os chinelos adquiridos há alguns meses já não estão assim tão novos. Há o desgaste natural da borracha. Principalmente na parte do calcanhar. Esta torna-se lisa e fatalmente escorregadia. Ainda que as correias estejam em perfeitas condições, sabemos que, pelo bem de nossa segurança, é chegado o momento da troca. Do velho par por outro novo!

O problema é que nos afeiçoamos de certo modo, a esse humilde par que nos acompanhou em silêncio por dias seguidos. Mas, a vida é assim mesmo!

Clique AQUI e leia também meu artigo no site “Sobre viver e Sobreviver”

banner_amazon_unmilited
“Alexa ler livro”
banner-primevideo


Post Tags

Sou Marilza Franco. Natural de Capitólio - MG. Desde 1971 resido em Franca - SP. Tenho graduação em Letras. Já lecionei em escola pública. Faço pintura mediúnica. Tenho uma filha com Síndrome de Down e autismo. A minha luta é pela inclusão.