"A Menina que Roubava Livros"... Que história!!! - Recicla Leitores

publicado em:2/03/20 12:54 AM por: Bruna Adenice Bruna AdeniceDicas LiteráriasResenha
“A Menina que Roubava Livros ” foi lançado no Brasil em 2007 e foi adaptado para o cinema em 2013.

Bom, antes de qualquer coisa, “A Menina que Roubava Livros ” está longe de ser um lançamento. Muito já foi dito sobre essa obra que foi, inclusive, adaptada para o cinema há alguns anos. Porém, sempre vale a pena falar de histórias inspiradoras.

E, a propósito, adquiri esse livro em 2015 mas não sei exatamente porquê, só acabei me rendendo a leitura agora, mesmo gostando muito do tema abordado. Pois bem, vamos relembrar um pouquinho a saga de Liesel?

“Primeiro, as cores.
Depois, os humanos.
Em geral, é assim que vejo as coisas . Ou, pelo menos, é o que tento.”

É, nossa vida tem cores, cheiros e sabores. São cores que remetem a bons ou maus momentos, cheiros e sabores que nos fazem lembrar de um passado que pode ter deixado, ou não, muitas saudades. Quem diz isso é a Morte e eu concordo plenamente com ela.

Sim, quem narra essa belíssima obra é a Morte. A cada “visita”, ela nos apresenta cores e sentimentos do momento vivido. É, pode soar estranho, mas quem nos conta essa história é realmente um “ser” moribundo e não a tal “menina que roubava livros”.

Bem, a Morte relata tempos sombrios, em que ela volte-e-meia fazia suas “visitas”. A própria nos conta que viu Liesel, a ladra de livros, três vezes.

Em tempos de guerra e domínio de Adolf Hitler, a pequena Liesel é apenas mais uma lutando pela sua felicidade e, acima de tudo, sobrevivência em meio ao caos. Primeiro, vê a morte do próprio irmão, de seis anos e, em seguida, é adotada por uma família, uma vez que sua mãe biológica não dispõe de condições para ficar com ela. Em meio ao processo de adaptação a nova realidade, a menina cria laços com o pai de criação que o ensina o gosto pela leitura e também nutre uma bela amizade com o vizinho Rudy, que vira seu parceiro nos seus roubos de livros. Tão importante mencionar são as outras pessoas que fazem parte da vida da “roubadeira de livros”, como sua mãe de criação Rosa, que mesmo parecendo ranzinza também ama a filha; a mulher do Prefeito, que tem papel super importante para a vida de leitora e ladra de livros da menina. E, igualmente importante temos o judeu Max, que irá mexer com as estruturas da nossa personagem principal dessa história.

Uma história, várias lições

“A Menina que Roubava Livros ” vai muito além que um simples livro que faz emocionar. É muito mais que isso. Primeiro, que ao retratar o Nazismo, a história nos mostra o quanto uma ideologia pode destruir a vida de pessoas. Segundo, temos aqui uma história que reforça o papel importante que os livros têm sobre a sociedade, não é a toa que são queimados. Terceiro, a história de Liesel nos mostra a necessidade de cultivamos belas amizades. A saga dela e de Rudy é linda e digna de muita emoção e reflexão, assim como seus momentos com o judeu Max, em meio ao esconderijo do porão.

Markus Zusak nos apresenta uma história extremamente cativante, tanto é que até hoje é aclamada e já ganhou adaptação cinematográfica. Para quem gosta de uma narrativa detalhista e com passagem de tempos, essa história é um prato cheio. O autor foi muito feliz em explorar cada detalhe das situações, o que só aumenta sua emoção. E vale frisar que todos os personagens são muito carismáticos e bem construídos, especialmente a protagonista Liesel. Outro ponto que vale ser destacado é a criatividade do autor de colocar a Morte como a narradora dessa brilhante história.

Uma história incrível, que vale a pena ser lida. Como já dizia a Morte, “os seres humanos me assombram”. Fato!

Veja o trailer da adaptação para o cinema dessa incrível história: https://youtu.be/J24AlOYHpVU



A última modificação foi feita em:março 25th, 2020 as 2:17 am


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Nascida em Dourados, Mato Grosso do Sul, é jornalista por amor e formação. Desde criança tem paixão pelas letras. Ama o cheiro de livros. Livrarias e bibliotecas são mais que meros espaços, são refúgios. Acredita no poder da leitura e da arte na transformação das pessoas, tanto é que escolheu a licenciatura em Artes Visuais como sua outra formação. Sempre consegue aprender algo novo com uma nova leitura e está sempre procurando boas indicações de leituras.