Axé Iorubá - Recicla Leitores

publicado em:23/04/19 2:41 AM por: Alex Woelbert Alex WölbertMatrizes Africanas

Você pode não ter comido ainda, mas certamente já ouviu a palavra acarajé. Assim como ouviu falar também em iemanjá, abadá, amuleto, entre outras palavras que foram incorporadas ao nosso vocabulário que são de origem africana. Essas palavras fazem parte do idioma Iorubá.

Iorubá, tem a sua origem na região sudoeste da África à 6 mil anos. Embora milenar, não tinha forma escrita antes do século XIX. A primeira gramática em iorubá foi publicada pelo Bispo anglicano, nigeriano, Samuel Ajayi Crowther em 1843.

Aqui no Brasil o idioma ganhou força através dos terreiros de Candomblé. O idioma é utilizado como ferramenta de liturgia nos terreiros.

Em setembro de 2018 o idioma iorubá  tornou-se  Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro.  Existe também uma proposta que está transitando em Brasília para inscrever o idioma no Inventário Nacional da Diversidade Linguística, junto ao Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

Algumas universidades do Rio de Janeiro como a Unirio, UFF e URFJ possuem cursos de extensão do idioma. O Colégio Pedro II também oferece cursos aos interessados a aprender a cultura iorubá.

Em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, Mãe Márcia D´Oxum, tem um projeto muito bacana. Ela faz oficinas de leitura e contação de histórias em iorubá. Com isso, além de estimular a leitura também propaga a cultura e o idioma para as novas gerações.

Talvez a palavra em iorubá mais representativa na cultura nacional é axé.  Tentar explicar a força da palavra seria um pleonasmo, pois axé já significa vida, força, poder, energia.  Nas religiões afro-brasileiras é a energia e a força sagrada dos orixás.

Sendo no contexto religioso ou não, axé é uma saudação utilizada para desejar felicidade e boas energias.  Então não poderia terminar esse texto sem mandar minhas boas energias para o maravilhoso trabalho dessa sacerdotisa gonçalense  ativista na defesa dos povos de matriz africana e uma das responsável pelo fortalecimento da cultura afro-brasileira no Rio de Janeiro.

AXÉ MÃE MÁRCIA, AXÉ IORUBÁ!


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Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo



A última modificação foi feita em:junho 9th, 2020 as 10:55 pm


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Nascido lá do outro lado da poça no bairro da Penha. Criança começou a se interessar por tecnologia e quando não dava curto na casa dos pais, ajudava a vizinhança e familiares consertando um rádio aqui uma TV ali. casou-se com a guerreira niteroiense Aline Lucas e mudou-se de mala e cuia para São Gonçalo com a sua filha Victoria. Apaixonado por história, ação social e principalmente pela cidade de São Gonçalo, começou a escrever crônicas para diversas mídias. Hoje divide seu tempo entre Tecnologia da Informação e o Projeto Recicla Leitores (www.reciclaleitores.com.br), um projeto de incentivo a leitura que toca junto com a sua família. Alex Wölbert também fez parte do grupo de colunistas que escreveram sobre Patrimônio Leste Fluminense para o Jornal Extra - Mais São Gonçalo