Cuidado com as Editoras Malandras - Recicla Leitores
Aproveitando a oportunidade para compartilhar ideias sobre o mercado literário, quero também frisar sobre as editoras golpistas, que são muitas que aparecem sorrateiramente em busca de captura dos ingênuos clientes.
Desconfie dos serviços literários quando:
– A editora diz ser estrangeira e abrindo filial no Brasil;
– A editora não apresentar nenhum histórico referencial;
– A editora não ter site próprio;
– A editora ter somente página no Facebook;
– A editora fazer insistentes propostas editoriais, após o primeiro contato docliente;
– A editora propor lançamento editorial estrangeiro e outros projetos embrionários e prováveis;
– A editora propor pagamento à vista, com suposto desconto.
O que acontecerá quando você cair na arapuca dessa editora:
– A comunicação entre a editora e o cliente cairá instantaneamente;
– Se o cliente fizer contato, a editora alegará um monte de desculpas prontas, como viagens, agenda lotada e até problemas familiares;
– A promessa do livro ser levado para o exterior não será cumprida, é claro, e será alegado que houve problemas pessoais com o agente literário estrangeiro;
– Em muitas situações, serão entregues apenas 10% do lote dos livros. A editora alegará que o restante ficarão com eles para distribuição em livrarias, o que não acontece nem mesmo a impressão, tão pouco a distribuição;
– Enquanto você questiona com a editora, ela vai te “cozinhando” com mais promessas de vendas e projetos, e vai conseguindo mais clientes ingênuos que caem nas promessas porque veem a quantidades de títulos que a editora publica de seus lesados clientes;
– Se a casa cair para a editora, é muito simples. Ela desativa o site e desaparece temporariamente (“férias e estruturação comercial”, segundo a própria editora). Depois ela retorna com outro nome, novo site, novos serviços, mas o sistema de golpe será o mesmo.
O que você deve fazer ao presenciar ou se descobrir vítima do golpe:
– Reúna todas as provas e contatos e denuncie na Delegacia Virtual de sua cidade, para que a página da editora seja investigada;
– Se você foi lesado, faça um registro da queixa da editora e do responsável na Delegacia mais próxima;
– Compartilhe as informações de denúncia na sua lista de e-mail. Não posteabertamente em redes sociais, pois isso pode virar contra você, como crime dedifamação.
Não seja conivente dos erros alheios. Se você não denuncia, você também é cúmplice. Vamos lutar por um mundo literário mais honesto.
E nunca deixe de pesquisar o histórico de qualquer profissional ou empresa que se interessar em lhe prestar serviços literários.