Dando Cara Nova a Literatura - Recicla Leitores

publicado em:29/03/19 6:01 PM por: Leonardo Vieira Dicas LiteráriasLéo Vieira

Ultimamente, na Literatura e nos cinemas (onde é muito mais evidente) a literatura fantástica está tomando espaço no reinvento de remake de muitos enredos do passado.

Isso está cada vez mais comum em um mercado onde a criatividade parece estar um tanto quanto saturada e o público busca mais uma novidade mais visual. Infelizmente, nos livros se tem visto isso também, cujo títulos embarcam na onda de outros livros mais populares. Até mesmo o “50 Tons de Cinza”, de E.L. James, ganhou versões semelhantes no mesmo gênero e enredo. A série Crepúsculo, de Stephenie Meyer, também deu uma cria imensa, com direito a prateleira própria reservada para temas vampirescos em diversas livrarias.

No cinema, a aposta para aproveitar um tema com mais criatividade é apelar para a literatura fantástica. Um exemplo muito claro é “Avatar”, de James Cameron. Ao analisar o roteiro, vemos que não tem nada de original. É a mesma história de “O Último dos Moicanos”, “Dança com Lobos” e “O Último Samurai”. Um personagem se infiltra com uma tribo inimiga e acaba se voltando contra os seus compatriotas. No caso do “Avatar” apenas incrementaram com uma vasta tecnologia e surrealidade, transformando a ideia original (tribo indígena), por uma tribo alienígena em um planeta distante.

Star Wars é uma história de faroeste no espaço, Star Trek é uma história de expedição também com o espaço como cenário. O esqueleto é o mesmo, porém a inserção  de vísceras para sustentar o corpo da história é diferente. Mas no aspecto comparativo são todos iguais. A criatividade do autor que vai diferenciar.

Compare os detetives da literatura. Existem vários. Mas também parece que todos são muito diferentes. Isso porque cada autor procura se atentar às semelhanças literárias e focar o seu estilo na construção das obras. O americano Robert Langdon (de Dan Brown) e o português Tomás Noronha (de José Rodrigues dos Santos) são personagens extremamente parecidos. Ambos são professores universitários e sempre são convidados para solucionar enigmas, que acabam tomando proporções no nível de Indiana Jones. Porém a grande diferença deles estão no estilo literário. Enquanto Robert Langdon é narrado por diversos labirintos e um desfile de curiosidades durante o decorrer das páginas, Tomás Noronha atravessa a aventura em uma narrativa mais verossímil, com aspecto de texto de reportagem jornalística, fazendo o leitor até mesmo acreditar em certos pontos da ficção.

Ao aproveitar uma ideia já conhecida, estude e pesquise muito. A receita do bolo é a mesma, porém a sua habilidade que tornará o quitute mais especial. Tenha boa dosagem ao confeitar a escrita para garantir bom apetite na leitura!



A última modificação foi feita em:abril 3rd, 2019 as 5:51 pm


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Leo Vieira é amante da Literatura e da Arte e já escreveu contos, crônicas, peças de teatro, letras musicais, enredos e roteiros de histórias em quadrinhos. É ator, escritor, produtor cultural, Capelão, Comendador, Bacharel, Mestre e Doutor em Teologia. É colaborador, membro e acadêmico em muitos sindicatos e associações literárias e Academias de Letras em vários Estados. É também Senador Acadêmico no Estado. O autor tem como compromisso, incentivar a literatura e a cultura nacional, fazendo intercâmbios com as associações em que participa e promovendo lançamentos, interações, oficinas de leitores e feiras literárias por todo o país.