Lembra disso? D’artagnan e os Três Mosqueteiros - Recicla Leitores

publicado em:25/03/20 10:35 PM por: Alexandre D'Assumpção Alexandre D’assumpçãoHQThe Sumpa

A proposta do Lembra disso? É ressuscitar, mesmo que por alguns momentos, séries e animações que fizeram nossa infância e adolescência. Algumas mais conhecidas, outras nem tanto, mas todas capazes de nos trazer boas lembranças.

Pra quem cresceu nos anos 1980, D’artagnan e os Três Mosqueteiros (Wan wan san jushi) é um daqueles animes com cheiro de infância. Em 1984, a série virou uma febre. Além de ser exibida pela Rede Manchete, o anime ganhou uma revista da Rio Grafica e Editora, a RGE, um compacto com o tema da série cantado por Patrícia e Luciano (que depois formariam o Trem da Alegria) e outros mimos mais ou menos famosos.

Ao todo, a série tem 26 episódios, mas existe um DVD que compila toda a história como se fosse um filme, o que deixa a trama dinâmica e interessante. Como animes sempre repetem detalhes importantes, as cenas cortadas são citadas nos diálogos de algum personagem e a história segue sem problemas.

A história adapta o livro Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas, que conta a história de um aspirante a mosqueteiro que acaba caindo nas graças de Pothos, Athos e Aramis, os mais famosos mosqueteiros da época e acaba se envolvendo em várias intrigas palacianas, principalmente a grande trama do Cardeal Richelieu para desacreditar a rainha da França. Uma das muitas liberdades criativas tomadas pela série, é mudar o nome da dama de honra da rainha e interesse amoroso do protagonista. Se no livro e em todas as adaptações, seu nome é Constance, a série a rebatizou como Juliet.

Alias, a grande liberdade criativa da série é transformar praticamente todos os personagens em cães. D’artagnan é um Beagle, Juliet é Vira-lata e por aí vai. Logo, suas personalidades e características são definidas por suas raças. Nem todos são cães, mas a lógica permanece. O ardiloso e traiçoeiro Richelieu é uma raposa, a espiã M’Lady é uma gata, Pip, o primeiro amigo do futuro mosqueteiro é um rato…

Não é a toa, que em alguns países, Portugal, por exemplo, a série é conhecida como Dartacão e os Três Mosqueteiros. Assim como o Brasil, eles traduziram a adaptação americana, que tem esse nome, mas nossos tradutores decidiram manter um nome mais próximo do livro, talvez para incentivar a leitura da obra original.

Por mais que seja uma série de comédia e aventura para crianças, ela ainda entretém e diverte praticamente quarenta anos após o seu lançamento.

Ficha técnica:

D’artagnan e os Três Mosqueteiros (Wan wan san jushi)

O desenho, baseado no clássico do escritor Alexander Dumas, é uma coprodução os estúdios da BRB Internacional S.A. (Espanha) e realizada pela Nippon Animation (Japão). A BRB Internacional bancou os custos da produção e a Nippon ficou encarregada da animação. O contrato previa que o desenho só chegaria em 1984 à Espanha, mas acabou estreando em 1981 em ambos os países.

Emissora original: TVE e TBS.
Emissora no Brasil: Rede Manchete e SBT.
Transmissão Original: de 9 de outubro de 1981 a 26 de março de 1982.
Duração: 25 minutos.
Temporadas: 1 (26 episódios).
Cores.
Companhias Produtoras: BRB Internacional S.A. e Nippon Animation.

Artigo original no Canal Metalinguagem em 23 de março.



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Alexandre D’assumpção, ou The Sumpa, é praticamente inofensivo. Professor Nerd, redator, roteirista de quadrinhos e audiovisual, ele pediu carona para uma cabine azul em 1989 e desde então vive aventuras através do espaço/tempo. Para facilitar a viagem, tornou-se mestre Zen na arte de ter um rosto tão comum que todos sem sempre o cumprimentam imaginando se tratar de outra pessoa, normalmente dele mesmo. Dono de uma péssima memória, ele nunca se lembra de detalhes importantes como rostos, grupos que passou e inimigos que ameaçam sua vida, o que é péssimo quando ele os encontra em becos escuros. Sua toalha é customizada e ostenta a máscara da Iniciativa Gambate, empresa criada por ele para levar a cultura Pop aos mis distantes rincões do universo. De tempos em tempos ele reverte a polaridade de sua chave de fenda sônica e aparece em eventos, festivais e até na TV. Além do Metalinguagem, ele pede carona nas naves Impulso HQ e Casa do Medo (entre outras).