Estamos próximos da abertura do brasileirão 2019 e gostaria de saber se você é como a maioria dos brasileiros, apaixonado por futebol, ou é daqueles que não está nem aí para time nenhum. É daqueles que quando te perguntam qual o seu time você mais que depressa responde: “-Sou Brasil”.
Independentemente de você ser ou não um apaixonado, vou te provar através de várias publicações, cada uma relacionada à um time da série A que disputará o campeonato brasileiro desse ano, que futebol combina sim com literatura. E hoje é dia de falar do leão da ilha, do time da raça, do querido Avaí Futebol Clube.
O Avaí nasceu no dia primeiro de setembro do ano de 1923 quando senhor Amadeu Horn, um famoso comerciante de Floripa, resolveu doar um kit completo de uniforme (na época chamado de ternos) com a camisetas listradas em azul e branco, e calções e meias azuis em homenagem ao Clube de Remo Riachuelo. Em uma reunião na própria casa do comerciante para fundar o novo clube, a princípio ficou definido que o nome seria Independência, mas um dos membros que chegara atrasado na reunião achou o nome muito grande para a torcida gritar e incentivar o time, até a torcida acabar de gritar independência o time adversário já teria empatado o jogo. Disse Arnaldo Pinto de oliveira na reunião. E ele foi além, como estava lendo um livro sobre a história do Brasil sugeriu o nome Avahy em homenagem a Batalha do Avahy. Nesse momento os participantes da reunião puxaram o coro gritando: Avahy, Avahy, Avahy!
Ficou conhecido como o Leão da Ilha na década de 50 Quando o Olímpio Sebastião Silva fez comparação na rádio Florianópolis da bravura do time a de um leão e assim chamou-o de Leão da Ilha.
Bom, falamos um pouquinho do clube, mas o que faz a combinação com a literatura?
A literatura é a arte da palavra, é a arte de criar textos. E muitos desses gênios que se destacam na literatura são apaixonados por futebol e pelo seu clube de coração. E no caso no Avaí um desses apaixonados foi cantor, violinista, compositor e músico de referência internacional Luiz Henrique Rosa. Junto com João Gilberto, Tom Jobim e Vinício de Moraes foi um dos propulsores da Bossa Nova.
Luiz Henrique nasceu em Tubarão em 25 de novembro de 1938, e aos 11 anos mudou-se para Floripa, cidade que se apaixonou e cantou em seus versos até o ultimo dia de vida.
Mudou-se para a cidade maravilhosa em 1961 onde gravou seu primeiro disco. Teve a oportunidade de tocar ao lado de Elis Regina no Beco das Garrafas.
No auge da Bossa Nova em 1965, Luiz Henrique Rosa foi morar na cidade de Nova York e conviveu com grandes nomes da música por lá. E lá ficou até 1971, quando bateu a saudade de Floripa então voltou para sua cidade e seu time de coração, o Avaí.
Era tão apaixonado por futebol e pelo seu clube que em 1971 compôs a música do hino do Leão da Ilha. Junto com Fernando Bastos, que fez a letra, foram para extinta Radio Jornal A Verdade de Florianópolis e apresentaram-na no programa “Zero Hora Esportiva”. Logo em seguida foi feita a primeira gravação do hino com 1.500 discos produzidos.
Infelizmente, Luiz Henrique Rosa nos deixou muito sedo, em 1985 com apenas 46 anos, vítima de um acidente de carro.
Esse torcedor ilustre gênio da composição teve mais de 200 canções na curta carreira de 25 anos.
Bem amigos, quem vai continuar dizendo que futebol, literatura e música não se misturam? Estão tão misturadas como nosso tradicional arroz com feijão. E essa mistura perdurará enquanto houver corações literários apaixonados por futebol ou vise versa.