Nosferatu Marcado - Recicla Leitores

publicado em:4/03/20 11:53 AM por: Adriano Siqueira Adriano SiqueiraPoesias

Na guerra dos trovões
Relampejando e tentando iluminar.
Nosferatu marcado.
Nosferatu marcado.
Morreu com tiros,
facas, forca, estaca
e acabou empalado.
Nosferatu marcado.

A mão que convida
O abraço que protege
A fome que domina.
Legião da morte-vida.
Herege.

Vampiro de sangue,
energia vital do mal,
da morte-vida,
da ordem,
do filho,
do ritual.

Energia que leva o poder.
Mãos que juram proteção.
Ritual de Sangue,
do beijo,
do abraço,
da morte da legião de irmãos.

O vampiro arrastado no asfalto,
na parede, no esgoto,
na penumbra enganadora da lua que brilha, que trai, atrai e Subtrai.

O Vampiro sai da sombra
só para se alimentar.

Procura sangue na madrugada fria
para agradar a juventude perdida, aflita,
da ferida que não cicatriza!

Se escondendo com a capa
“Ardilosa velharia”
que destaca seu olhar hipnotizante
e te deixa no horizonte perdido, inibido.

Assassino sangue frio
Terror que nunca se viu!

Vampiro sai da tumba
só pra se alimentar.

Ele quer você!
Quer seu sangue,
seus ossos, seu sexo,
sua forma de vida, maldita.

Do beijo que sustenta
da boca que alimenta
As marcas do vampiro
estão por todo o lugar.

Amaldiçoado ser que assalta a vida
e rouba a carne e toma o sangue pela mordida.
deixa a ferida ativa
e trás morte-vida por onde convida.

Vida eterna que possui sorrisos
envelhecidos, indecisos, submersos
ocultos, renegados, salientes e mortíferos.

Desejo eterno de sugar a vida.

Despertos, espertos
armados com os dentes
olhando atentamente.
Arranca sem piedade
sua alma e liberdade.

Notícia quente, corpo frio
é manhã…

e o vampiro fugiu.



Post Tags

Mora atualmente em Curitiba PR - é escritor, colecionador e produtor de conteúdo sobre horror e vampiros. Produz também curtas e radionovelas. É palestrante e expositor. É membro efetivo da Academia de Letras José de Alencar (Curitiba PR) e Participante da Oficina Literária de André Carneiro desde 2016