Por um dia em minha vida - Recicla Leitores
Sebastiana acorda de manhã e como de costume, coloca seu cachorro chamado Luke para urinar fora da casa.
Luke volta para casa com um latido diferente, como se quisesse me chamar a atenção.
Entrou correndo me puxando pelo vestido. Eu estava naquele momento preparando o meu café.
Fui até ele, fiz um carinho em sua cabeça e perguntei se ele queria um biscoito.
Ele pegou o seu biscoito em formato de osso, devorou de uma só vez e continuou a me puxar.
Pedi para ele esperar um pouco, pois água do café já estava fervendo. Mas como ele insistia muito, apaguei o fogo e fui atendê-lo.
Luke latia muito para o pote de biscoito, como se tivesse me pedindo mais. Eu disse que não daria, mas ele ficou pulando como se quisesse pegar o pote em cima da mesa. Abri o pote e o dei mais um, ele não comeu.
Fui andando com ele e quando eu parava ele largava o biscoito no chão e latia para mim. Eu dizia para ele que já estava indo.
Luke agia de forma estranha, andava farejando o chão e pulando de vez enquanto. Ao me aproximar do portão ainda de longe avistei uma cesta, pensei: Hoje não é quarta feira! O rapaz da feira se enganou, não fiz nenhum pedido de compras! Mas tudo bem, depois ligo para ele.
– Vamos lá Luke vamos pegar a cesta.
Luke puxou o pano que envolvia aquela grande cesta Sebastiana viu que tinha uma grande surpresa para ela. Ela comenta:
– Não acredito! Um bebê, sim, um bebê! Que bebê lindo. Tá certo que ele tem uma pele meio azulada, mas coitado, deve ser o frio intenso que ele passou durante a noite. Mas quem teria coragem de deixar um anjinho desse aqui do lado de fora? Ela ficou se perguntando.
Luke pegou o biscoito que ela deu para ele e tentou enfiar na boca do bebê. A primeira reação daquela coisinha linda foi abrir os olhos. Ah que coisa mas fofa! Sebastiana disse para o Luke e brincando com o bebê ela usou a palavra: “Gugu Dadá” e assim voltávamos para dentro de casa. Até que o bebê despertou de vez , abriu a boca e devorou o biscoito. Sebastiana ficou assustada, com medo dele se engasgar. Pegou ele no colo e viu que era um menino. E que menino bem dotado pensou ela. Luke quando viu as suas “coisinhas” do bebê escondeu a cara. Sebastiana colocou o dedo na boca do bebê para tentar tirar aquele enorme biscoito, mas não consegui remover ele já tinha comido tudo mesmo. A única coisa que consegui foi ganhar uma enorme mordida no dedo. Ela pensou : “Como pode um bebê que parece ter mais ou menos uns 5 ou 6 meses já ter dentes assim e ter tanta força nessa mandíbula?”
Quando ela parou de andar, abriu a boca do bebé pois achou estranho tpois aquela mordida a trouxe estranheza.
Ela se deparou com uma bocarra cheia de dentes afiados. O bebê sorriu para ela e deu um pulo da cesta e saiu correndo pelo quintal.
O Luke saiu atrás dele as carreiras. Só não sei quem corria mais. Parecia que os dois estavam brincando de disputa. Sebastiana não corria muito, pois uma moça de 59 anos apesar de linda, charmosa, elegante, já não têm um pique de uma criança de dez anos.
Ela só gritava para os dois pararem de correr. O bebê sobe na árvore, pula de galho em galho deixando Sebastiana louca, ela gritava para ele descer da árvore e ele, olha para ela e diz ” Gugudada”
Ela pede de novo para ele descer, mas ele faz um movimento de que vai pular de uma árvore para a outra e pula. Sebastiana grita desesperada pois a distância é de cinco metros de uma árvore para a outra. O bebê se assusta com o seu grito e cai da árvore. O coração quase salta pela boca, mas Sebastiana fica aliviada, pois ele não caiu direto no chão. Caiu nas costas do Luke que o levou para ela o trazendo nas costas em rítimo de galope, brincando de cavalinho.
Ela vira para o bebê e diz que se ele voltasse a fazer essa estripulia que eu o iria devolve-o. Mas devolver para quem!? Pensou ela. Ainda falando sozinha pensou: É melhor tentar educar esse rapazinho e ter um amigo comigo, assim como o Luke.
Ela então coloca os dois para dentro e pergunta ao bebê como ele se chama. Ele só respondia. : Gugudada, então ela pergunta ao Luke qual nome deveria colocar, mas ele abaixou a cabeça tampa os olhos e uiva como resposta, talvez tivesse com medo, uauuu. Então Sebastiana pensa num nome para o bebê. ” Guguau” Ela se vira para os dois e os diz que eles o ajudaram bastante na escolha do nome. O dia se passou chegou a hora do almoço. Sebastiana pensa: “Guguau, deve gostar de mingau, todo bebê gosta” . Ela Fez um prato de mingau. Colocou a comida dela na mesa e o prato de mingau dele, Guguau olhou o prato de mingau dele o prato dela e o do Luke que Sebastiana ainda estava preparando.
Cheirou todos eles e quando ela foi se sentar para almoçar, Guguau deu um salto da sua cadeira e devorou todos os pratos sendo o seu o último.
Sebastiana ficou apavorada. Tá certo que ela nunca cuidou de um bebê, pois nunca teve um. Mas sabe que isso não é um comportamento normal de um bebê. Guguau foi até a geladeira, pegou uma garrafa de leite, bebeu e quando saiu da geladeira estava com uma aparência de uma criança de três anos. Caramba como esse bebê cresceu em apenas um dia comentou Sebastiana! Luke correu para se esconder debaixo da mesa. Guguau correu e o puxou pelo rabo. Sebastiana cai desmaiada no chão e quando acorda estavam os dois lavando a louça e um monte de caixa de leite espalhada pelo chão.
Guguau, já estava com uma aparência de criança de oito anos. Ela pensou: “Estou num sonho, só pode ser um sonho”.
O cachorro falou: Não você não está sonhando! Sabe Sebastiana, eu gostei desse menino, em tão pouco tempo com ele, ele já até me ensinou a lavar louça e a falar. O que mais ele pode me ensinar daqui para frente?
Guguau ia abrindo outro litro de leite quando foi impedido pelo Luke.
-Tá doido! Ainda agora você era um bebê, tomou esses leites e se transformou em uma criança de 3 anos, depois uma criança de 8 anos. E agora que idade você terá se eu deixar você tomar mais essa caixa de leite?!. Não vou deixar você tomar. Vamos viver um pouco mais essa vida de criança, que é uma fase gostosa da vida.
-Só um pouquinho Luke estou com muita sede.
– Não ,não , bebe água.
Guguau diz que esta tudo bem, que outra hora ele bebe o leite. Luke diz que é melhor assim. E quando Luke tenta guardar o leite Guguau toma da mão dele e corre pela casa rasgando a caixa e tomando. Luke diz que realmente não tem mais jeito que a melhor coisa é os dois se sentarem na sala, fazerem, uma pipoca e assistir a um filme.
Luke coloca o filme: O menino que veio do espaço. Luke pega Sebastiana do chão da cozinha com o ajuda de Guguau e a coloca sentada no sofá. Guguau deita com a cabeça em suas pernas, já com a aparência de um menino de treze anos. Luke assistindo ao filme comenta com Guguau.
– Caramba menino! Essa história parece que eu já vivi. Seria um dejavu? Eita não foi isso mesmo que aconteceu de manhã. Olha lá, eu e indo buscar você lá naquele cesto! Caramba! Que sensacional! E já sei tudo que vai acontecer, agora você pega o biscoito…
– Sim Luke eu me lembro disso tudo aconteceu ainda pouco. Eu estou adorando essa loucura.
– Luke o que é aquela sombra ali perto das árvores?
– Não sei não consigo ver direito.
E a campainha toca no filme e na casa da Sebastiana também. Luke fica com medo abraça Guguau. Sebastiana acorda meio atordoada, pergunta o que está acontecendo, e dá um grito de susto quando vê Guguau um adolescente.
Luke diz que tocaram a campainha, Sebastiana vai atender e ao abrir a porta as suas pernas cambaleiam e ela diz: – Alienigenas na minha porta não! Não acredito.
Os pais de Keytur o Guguau a agradece por ter tomado conta do seu filho enquanto eles estavam em uma missão no espaço.
Sebastiana os chamam para entrarem e tomarem um café com eles, mas recomenda que o Guguau não tome leite. Depois do café a família alienígena deixa um presentinho para Sebastiana. Era uma pequena nave espacial a qual a qualquer momento ela poderia se telesportar apenas apertando um botão. Isso faria a nave crescer de tamanho e eles poderiam viajar pelo espaço para os visitarem.
Sebastiana faria isso algum dia?. Ela terá que ser curiosa e descobrir o botão da saudade.
Texto e arte: Maria Ferreira Dutra
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